quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ao fim da janela

Adriano - O imperador
Imperador: 800 mil camisas vendidas
Jogadores do exterior só podem ser contratados por times brasileiros durante um certo período, chamado de 'janela'. Todos os clubes se movimentam. Esse ano, tá mais quente do que nunca. Os clubes passaram a investir mais e uma das bases para tamanho é a ação de marketing. Com essas ações, o clube consegue ajuda do setor privado, fazendo uma ligação entre o jogador, a marca da empresa, a força do clube e seus milhões de torcedores.

Depois da ação que trouxe o Imperador, parece que o departamento de marketing do Flamengo entrou em greve. Não quis mais trabalhar. O grande sucesso de 2009, aliado com a idolatria do jogador, fez com que a Olimpikus, parceira, vendesse, nada mais, nada menos, do que 800 mil camisas 10 do rubro-negro hexacampeão brasileiro. Naquela época, a própria empresa confessou que não esperava tanto sucesso, superou todas as expectativas.

Em janeiro de 2011, o Flamengo trouxe Ronaldinho Gaúcho. Melhor jogador do mundo em 2004 e 2005, aliar sua imagem ao escudo do time mais popular do Brasil seria um prato feito para qualquer publicitário. O Flamengo não foi bobo e aumentou o preço para uma empresa expor sua marca na frente da camisa. São pedidos 30 milhões de reais anuais para a empresa ter um outdoor exposto na televisão durante 90 minutos a cada partida do time. Tal exposição é capaz de atingir cerca de 50 milhões de pessoas.

Mais aí é que se encontra a falha do setor de marketing do Flamengo. Apenas uma aparição dessa na TV não interessa. Vale mais a pena usar esses milhões em propagandas diretas, em intervalos de programas que abordem o assunto que é produzido pela empresa. O certo seria criar ações que fidelizem o torcedor a tal marca. Ações como usar seus jogadores para propagandas televisivas, criar programas que interagem torcida e marca. Tudo isso depende qual é a marca. Exemplo temos por aí, a ALE que deu combustível de graça para que os torcedores fossem a final da Copa do Brasil lá em Curitiba, a Unimed que fez um plano de saúde específico para o torcedor palmeirense.

Basquete perdeu o apoio da SKY.
O Flamengo só quer o dinheiro para usar, não quer oferecer nada de atrativo. A marca do Flamengo é muito forte, mais tem que haver um projeto para que se torne mais forte ainda. O Barcelona tem 6 patrocinadores masters e não expõe nenhum em sua camisa. Além do futebol, o clube oferece futsal, basquete, handball e outras modalidades que trazem muitos resultados positivos. Enquanto isso, as modalidades olímpicas do Flamengo estão abandonadas, sem nenhum tipo de patrocínio. O basquete tinha, mas acabou de perder, porque a SKY preferiu patrocinar o Pinheiros/SP.

Não adianta chegar para os caras e falar 'Meu clube tem 35 milhões de torcedores e o Ronaldinho.' Mas e ai ? Com esses 30 milhões eles podem botar, pelo menos, 5 propaganda de 30 segundos, todos os domingos durante o 'Esporte Espetacular'. Vincularia a marca com o setor esportivo e teria um alcance parecido, em relação a exposição.

A janela de contratações para jogadores do exterior fecham dia 20 de Julho. Até lá o Flamengo tem que contratar um atacante. Mas, conseguindo ou não, a partir do dia 21 de Julho, a Patrícia Amorim tem que estar procurando um departamento de marketing eficiente. Já passarão 2011 sem um patrocinador, a partir de agosto, a empresas já estarão fechando o balanço para 2012 e o rubro-negro já tá usando os direitos de imagem de televisão, que seria mais uma fonte de receita até 2015.

Como diria o samba, 'Camarão que dorme, a onda leva...'

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