quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Será que tá valendo mesmo ?

Até hoje, jogadores sonham em jogar na Europa - o que não deve mudar tão rapidamente. Para isso, jogadores, que tinham certa qualidade para fazer sucesso no próprio Brasil, iam "prematuros" para clubes pequenos dos grandes centros ou para países periféricos, com um futebol sem alguma visibilidade. Sem estar perto dos olhos dos técnicos da seleção, o jogador não conseguia atingir o auge (seleção) e rumar para um clube maior, com um contrato melhor ainda.

Taison pelo Metalist
Exemplos não faltam. Mais recentemente, tenho na minha memória 2 jogadores de altíssimo nível, convocados frequentemente para a seleção de base, atuando bem em seus clubes e, mesmo assim, jogando as chances de se tornar um grande ídolo aqui no país e rumar para um grande clube, por contratos bons, mas em centros pouco visibilizados: tratam-se de Taison e Giuliano (ex-Internacional).


Taison é aquele atacante rápido, que faz zagueiro ter pesadelos. Estava atuando muito bem pelo Internacional, ganhou ma Libertadores, uma Sul-Americana e um Gaúcho com o Colorado, trocou o reconhecimento como ídolo do Inter e uma possível breve convocação, por um contrato com o Metalist, da Rússia. Nós só escutamos seu nome nas janelas de transferência, quando algum time brasileiro cogita sua contratação. Ficou longe do centro, hoje, facilmente, poderia estar na seleção brasileira e voando pelo Internacional, ao lado de Leandro Damião.

Giuliano também apareceu muito bem no Internacional, apesar de ter sido revelado pelo Paraná. Foi eleito melhor jogador da Copa Libertadores de 2010, mesmo sendo reserva. Era pedido, a todo instante, pela torcida para ser usado como titular. Também se destacou na conquista do campeonato sul-americano sub-20, que lhe rendeu uma convocação para participar de dois amistosos com a seleção de Mano Menezes em Setembro de 2010. Giuliano, meio-campo forte, ofensivo, de bom arranque, passe e chute, foi vendido no início do ano para o Dnipro da Rússia e nunca mais foi lembrado por Mano Menezes para a seleção.

Giuliano trocou o sucesso do Inter pelo dinheiro do Dnipro

Depois de citar esses dois exemplos, lembremos de um fato político, que pode acontecer a qualquer momento, em qualquer lugar do mundo: as crises econômicas. A Espanha e a Itália sofreram (e sofrem) muito com a crise que chegou. Na Espanha, o desemprego chegou a apontar assustadores 45% . Enquanto isso, o Brasil vem crescendo economicamente de forma muito satisfatória e rápida. Hoje, os contratos dos jogadores atingem valores que nunca foram atingidos. Ronaldinho, no Flamengo, recebe cerca de 1 milhão de reais por mês. Neymar, recebe a bagatela de R$400mil por mês, no Real Madri caso, realmente tiver assinado, receberá cerca de R$1,3 milhão. Sem falar nos outros jogadores que tem certo destaque que recebem mais de meio milhão de reais mensais, como Thiago Neves, também no Flamengo (700 mil) e Fred, do Flu (R$460 mil). Cá entre nós, 400 mil por mês é mais que suficiente para ter uma vida recheada de luxos por um bom tempo, né ?

Veja que o Brasil equiparou o salário dos craques com os oferecidos pelos grandes centros da Europa. Aqui, o jogador tem todo o clima acostumado desde sempre, consegue um destaque maior e logo a seleção brasileira. Não há exemplos melhores do que Ronaldinho Gaúcho. Que, em um grande centro (Itália), teve seu rendimento abaixo do esperado, saiu da seleção, ao voltar pro Brasil, voltou a jogar um futebol acima da média e virou peça de confiança de Mano Menezes.

Hoje, os jogadores estão buscando o dinheiro, achando que é sinônimo de felicidade. Para isso, vão jogar em locais como Rússia, Arábia e China. Mas ficam totalmente longe dos olhares do técnico da seleção e do sucesso proporcionado pelo futebol brasileiro e a idolatria da torcida de seus clubes.

Rússia e China se tornaram centro de migração de jogadores brasileiros.
Será que vale buscar todo o dinheiro que eles tem a oferecer em troca da visibilidade do futebol brasileiro ?

Nosso desejo é que todos fiquem, pois contratos de valores super altos serão conseguidos através de ações de marketing. A torcida compra a idéia, ela quer ver seu ídolo com a camisa 10 de seu time. Assim, o nivel do futebol brasileiro aumentará e será bom para todos.

Por fim, deixamos a pergunta para todos pensarem:

Vale mais ganhar rios de dinheiro ou ser ídolo do seu time de coração e ir pra seleção ?

1 comentários:

Ser ídolo do U81 e ser desvalorizado, sem ao menos ser lembrado como jogador lendário ao fazer o primeiro gol do time? Eu vou pra Rússia, aliás... vou pra Goiânia.


Por: Anônimo

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