E os dois pararam na esquina - Botafogo 1 x 1 Flamengo

Flamengo e Botafogo foram para campo na expectativa de darem a volta por cima e um (Flamengo) deixar sua série de 8 jogos sem vencer pra trás e o outro (Botafogo) querendo apagar sua última impressão na derrota de 5 x 0 para o Coritiba. Para poder mudar, o Flamengo contava com a força total de seu elenco. O Bota voltou a contar com o zagueiro Antônio Carlos, mas não contava com seu melhor jogador Elkesson.

Bola rolando e o alvinegro tratou de mostrar que o futebol vistoso, que vinha sendo taxado de melhor do país, não fora esquecido por apenas uma derrota e que, o que houve semana passada, foi só um acidente de percurso - apesar de o Flamengo ter uma posse de bola ligeiramente maior e ter tido 2 boas chances de gol contra apenas 1 do Bota. A partir da bicicleta de Herrera, o Botafogo mostrou quem mandava.

Dominou, quando não estava com a bola, contava com os erros de passes bisonhos que o Flamengo propiciava. Sua pressão na saída de bola e o fato de Maicosuel estar na esquerda anulou qualquer chance de bom ataque do rubro-negro. Para completar, a forte marcação sobre Ronaldinho e Thiago Neves fez efeito.

Loco fez uma comemoração em provocação ao Fla

Coordenados pela bela atuação de Renato, os comandados de Caio Júnior abriram o placar aos 25, depois do cruzamento de Lucas, Alex Silva ficou parado, não pulou, e Loco Abreu foi no segundo andar para encobrir Felipe e partir pro abraço, ou melhor, ficar parado na esquina, como vencedor.


Depois do gol, nada mudou, o Flamengo continuou desordenado, apesar de dois lampejos de Thiago Neves e um de Júnior César foram capazes de fazer Jéferson se movimentar, mas fazer, de forma segura, as defesas.

Na volta para o segundo tempo, o Flamengo repôs uma peça no ataque que estava faltando: um atacante. Luxa botou Jael no lugar de Deivid, que nem deve ter tido seu nome aclamado pelos narradores de rádio. O Flamengo voltou com outra postura e, logo aos 4 minutos, a mudança de Vanderlei fez efeito, Jael fez boa jogada de centro-avante nato e guardou na saída do camisa 1.

O jogo esquentou. Ficou lá e cá, muita correria, mas nada que fizesse alguém ousar mudar o placar. Os times pecavam nas finalizações. Em uma, especialmente, ficou claro que o gramado do Engenhão prejudica, e muito, a atuação dos jogadores. Cortês cruzou rasteiro e, na hora do chute, a bola quicou e Loco Abreu jogou por cima do gol de Felipe.

Aos 23, a melhor chance de alguém se botar a frente no placar: Wellinton escorou cruzamento de cabeça e, na marca do penalti, Renato soltou a bomba para Jéferson fazer uma defesa incrível. Mostrou que é o melhor goleiro BRASILEIRO me atividade no mundo. O Botafogo respondeu a altura apenas aos 40 com cabeçada de Fábio Ferreira. E o jogo caminhou para o empate.

Jael corre para comemorar o gol de empate

Vimos, de um lado, um time que queria mostrar que sim, está mostrando o melhor futebol do campeonato, atualmente. As mudanças de Caio Júnior sempre visaram o ataque, repondo jogadores que estavam cansados por outros com gás novo, buscando sempre o gol, o jogo ofensivo. Do outro lado, um time medroso, que qualquer resultado, que não fosse a derrota, taria de bom tamanho. O jogo ficou parecendo que o Fla brigava para não cair e o Botafogo buscando o título, honrou sua posição. Prova disso foi Luxemburgo manter, mesmo jogando melhor no início do segundo tempo, 3 volantes e não ousar em nenhuma substituição para buscar um golzinho e os 3 pontos.

O resultado foi injusto. O Botafogo merecia a vitória, foi muito superior no primeiro tempo, enquanto o segundo tempo foi mais equilibrado, talvez com o Flamengo um pouco melhor. Com o resultado os dois se mantiveram nas suas posições. O Bota em 4º, com 41 pontos, apenas 4 do líder Vasco e com um jogo a menos. O Fla está em sexto, com 37, com 8 pontos a menos do Gigante da Colina.

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