Já estava chato, sempre começava as análises dos jogos do Flamengo com aquela mesma historinha: "E o Flamengo entrava sob pressão para acabar com o jejum de vitórias.". Não que no jogo contra o América-MG foi diferente, mas seu final sim, foi diferente e o próximo jogo será diferente.
Como torcedor, gostaria de passar o primeiro tempo sem falar nada sobre. Afinal, o que teria para falar ? Não era o Flamengo em campo. Era um bando vestido com camisas horizontais pretas e vermelhas, que acabaram de descobrir o que era futebol na teoria mas na prática, na prática...
Dario lamenta a chance perdida |
Ao chegar no ataque, o América era objetivo. Kempes tratou de deixar isso claro duas vezes, na primeira obrigou Felipe a fazer uma bela defesa e na outra perdeu um gol incrível, ao driblar o goleiro e chutar para fora. INACREDITÁVEL. E aí que Bottinelli passou a aparecer na partida, de forma negativa, cometeu o penalti que Kempes guardou. E, aos 35, recebeu um lindo passe de Jael e sua chance de se redimir foi jogada fora. Aliás, foi chutada de forma fraquíssima para a defesa de Neneca.
Ao ver Felipe salvar o time aos 44 do primeiro tempo, mais uma vez, o rubro-negro, que, ainda esse ano, foi acostumado a ver um time que dominava o adversário e vencia todas, teve a vontade de abandonar o time, jogar a toalha. Mas quem disse que o rubro-negro é assim ? Ele não desiste até os 45, ou até os 43.
Deivid corre para recomeçar o jogo |
O time foi para frente, Léo Moura passou a marcar presença na lateral direita, várias jogadas de linha de fundo em busca de uma cabeçada que desse o gás para a vitória. E, finalmente, aos 16, a bola achou Deivid, o contestado, que cabeceou, Neneca ainda raspou na bola, mas não foi suficiente. Outra surpresa foi Diego Maurício voltar a atuar como antes. Incisivo, rápido, objetivo, passava voando pelos adversários. E o menino Thomas ? Apesar de entrar na panela de pressão, se saia bem, mostrava personalidade.
A virada parecia que não teria como não acontecer, mas a cada defesa de Neneca, a possibilidade de a vitória não aparecer naquela noite, amedrontava todo rubro-negro. E como se fosse marcado pelo destino, os mesmos 43 minutos da segunda etapa que deram o tri-campeonato estadual histórico em 2001, marcara o fim da saga em busca da vitória. Mais simbólico, impossível. O chute de Diego Maurício e Thiago que pararam em Neneca e a bola sobrar, novamente, para Thiago marcar de cabeça.
Thiago é abraçado por Thomas e David. Gol da vitória |
O gol chorado, surrado, na marra. A vitória chorada, surrada, na marra. Tem algo mais simbólico ? Os jogadores abraçados ao final, reunidos, sob a voz de Léo Moura deixaram claro: "Nós queríamos essa vitória mais que ninguém. Nós podemos !"
Agora, contra o São Paulo é a prova para saber se essa má fase, realmente, passou. Não pode ficar só nessa partida, não pode ser só um relampejo. Tem que ser muito mais que isso.
Esse é o desejo da nação.
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