quinta-feira, 17 de maio de 2012

Re: Carta ao amigo colunista

Grande Igor,

Muito obrigado por sua preocupação. Graças a Deus, eu vou bem. Também estou com saudades de ver o maior time do mundo desfilar pelos canteiros do Brasil e sacudir todo mundo. Fiquei sabendo do seu título, muito legal! Estava muito chato e cômodo para a gente. Todo ano a gente ganha esse torneio que já poderia se chamar Campeonato Flamenguista. A única disputa era para ser vice. Desde 2000, ganhamos 7 dos 12 disputados. Isso mostra como o Rio está completamente dominado pelas cores do clube mais tradicional de todos os tempos.

Que pena que seu tempo é curto, poderia ficar aqui comentando sobre a história do clube mais vitorioso do território carioca. Daquele filho arrojado que saiu da casa do pai e foi ganhar o mundo. Ah, que pena. Você, como "pai", não sabe o que é ganhar o mundo. Deixamos para um futuro, no dia que você conseguir. Por enquanto, fica vivendo de histórias mal-sucedidas pelos territórios sul-americanos. São boas histórias. Perdedores gostam disso.

É, meu querido. Meu técnico, que eu gostaria que não fosse meu, mas, andou desabafando. Falou o que todo rubro-negro gostaria de dizer. Mas, nesse momento de tristeza, lembramos de sua história, tirando a gente, duas vezes, da mancha que é ser rebaixado. Foi um milagre em 2005 e em 2007 saímos da degola para disputar o título. Agora, chorar é algo muito comum entre os técnicos tricoletes, né? O que me dizer do Renato Gaúcho na vergonha que vocês proporcionaram ao nosso país em 2008?


Adriano? Aquele que acabou com vocês em 2009? Ainda não tem contrato assinado. Pode fazer o que quiser. Mas, segundo nosso médico, o melhor do país, diga-se de passagem, já declarou que acredita na sua volta. Como um clube honroso, estendemos a mão para um ídolo nosso. Aliás, você sabe o que é isso? Acho que não. Na história do seu clube, eternamente manchada por um título da 3ª divisão do Brasileiro e uma volta a série A do tapetão, não permite isso. Ah, ok! Me precipitei, tem o Celso Barros.

Não entro na questão do Ronaldo de Assis que, assim como a maioria do seu time, troca de clube por qualquer trocado a mais, vide o seu camisa 7, beija o escudo do maior rival (para vocês) e ainda esculacha o seu ex-clube. Quando volta, é abraçado pela torcidinha que o reverencia.

"Jogando em time grande, acostumado a decidir, a gente ganha." (NEVES, Thiago. 2011)

Mas calma, não fique com a perna tremendo ao ver no noticiário que Ibson está voltando. Resgatando a alma do manto sagrado e ofuscando jogadores que teimam em desonrá-lo.

Boa viagem para a Argentina. Avisa para o Frederico não passar em Puerto Madero porque lá não tem estoque suficiente para aguentar seus pedidos de caipisakê.

SRN

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