quinta-feira, 14 de julho de 2011

Deu Pato e frango - Brasil 4 x 2 Equador

Brasil e Equador foram para uma partida totalmente ao contrário do que se esperava. A previsão era de uma partida com o Brasil classificado e o Equador tentando entrar entre um dos melhores terceiros colocados. Mas não foi bem assim, a seleção canarinho buscava a classificação, vitória por 2 gols era classificação certa em primeiro lugar, empate entraria como segundo melhor terceiro da primeira fase e derrota era adeus da Copa América. Enquanto o Equador jogava para cumprir tabela.

Primeiro tempo

Maicon ganhou a vaga de Daniel Alves e voltou a ser titular da Seleção Brasileira após a Copa do Mundo  Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Maicon teve uma atuação de destaque (Foto: Terra)
Logo no início o Brasil deu a impressão de que iria deixar as más atuações para trás em um chute de Neymar e em uma cabeçada de Thiago Silva. Mas, após esses lances, o jogo acalmou, as seleções passaram a se estudar. O Equador tocava a bola com mais velocidade, sob os olhares atentos da marcação brasileiro. Aos 7 minutos era possível escutar os gritos de 'Olé' da torcida equatoriana. O Brasil tentava responder nos contra-ataques, mas esbarrava na má atuação de Ganso e nos passes errados de Ramires. Quem passou a aparecer como a melhor opção para o ataque era Maicon. Ele chegou livre, por duas vezes mas cruzou errado. André Santos parecia uma peça nula. Até que, na primeira vez que o camisa 6 se apresentou para o jogo, ele cruzou perfeitamente para a cabeçada de Pato. Era o gol do alívio, da redenção daquele jogo tenso em que o Brasil estava jogando a vida e o Mano, o seu projeto.

Após o gol, o Brasil continuou no ritmo e as jogadas pareciam sair naturalmente. Robinho tabelou com Maicon e acertou o travessão. Tudo ia bem, porém, após batida de tiro de meta, bate rebate na frente da área, a bola sobra para Caicedo que chuta, Júlio César vai atrasado e a bola passa por debaixo de seu corpo. A jovem seleção sentiu o gol, o Equador chegou duas vezes com perigo, em uma, Júlio fez boa defesa e na outra a bola passou com perigo. E depois desses sustos, o juiz decretava o fim do primeiro tempo.

Segundo tempo

Logo aos 4 minutos, o Brasil se botou a frente do placar. Neymar tabelou com Ganso e guardou. Era o gol que faltava para que a promessa do futebol brasileiro pudesse ter mais calma para seu futebol. Mais uma vez, o gol era a esperança de que a seleção deslanchasse no jogo e, consequentemente, na competição. Mais uma vez, a bola ficou no pé de Caicedo e só saiu para estufar as redes, em mais uma falha de Júlio César. 2 x 2 no placar aos 13 minutos. O gol poderia abalar a seleção, novamente, mas não, a resposta veio logo aos 15, Neymar levou até a entrada da área e chutou, o goleiro rebateu e Pato correu para conferir. Agora sim, o gol deu calma a seleção.

De cabeça, Alexandre Pato abriu o placar para o Brasil em Córdoba diante do Equador  Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Pato mostrou seu oportunismo (Foto: Terra)
A partir de então, as jogadas começaram a fluir. O futebol que se espera dessa jovem seleção finalmente começou a aparecer. Ganso começava a ter uma atuação razoável, Neymar passou a ter confiança para dribles e chutes e Maicon se tornou uma grande válvula de escape para as jogadas de ataque. E foram os dois últimos que fizeram a jogada para o quarto gol. Maicon foi a linha de fundo e cruzou para Neymar só escorar, tirando do goleiro. Era o gol da tranquilidade. Mano mexeu, botou Elias, Lucas e Fred. O jogo não mudou muito, mas ele tentava recuperar mais um jogador: Robinho. O jogador até teve a chance de desencantar mas o juiz anulou o gol, incorretamente. E fim de papo, o Brasil vai pegar o Paraguai nas quartas-de-final.

Análise

Jovens santistas, Neymar e Paulo Henrique Ganso se cumprimentam no gramado do Estádio Mario Alberto Kempes  Foto: AP
Neymar e Ganso renovaram nossas esperanças
(Foto: Terra)
Muito pressionado, o Brasil não conseguia fazer o simples. Muitos passes errados e pouca movimentação, culminaram na má atuação. Nem Ganso, nem Neymar, muito menos Robinho conseguiam ter desenvoltura. No segundo o astral mudou, o chá do intervalo, com certeza, foi amargo para os jogadores que entraram com a certeza de que fariam uma bela atuação. As jogadas saíram. Ganso, apesar de não render o que se espera, teve uma atuação razoável ( no segundo tempo ), construiu boas jogadas, fazendo um esboço do que pode estar por vir. Neymar, após o gol, se soltou. Parece ter descarregado todo a pressão que existia em cima dele, ousou até um sinal de silêncio aos críticos. Pato sim mostrou ao que veio, assumiu a 9 para marcar os gols e fez com oportunismo.

Quem deixou a desejar foi Robinho, apesar de muita vontade, não conseguiu se sobressair, talvez por buscar muito as jogadas centralizadas. Destaque negativo para Júlio César. Na minha opinião, duas falhas em momentos decisivos. Não se espera isso de um jogador da qualidade e da experiência dele. Outro destaque para a dupla de zaga, foi muito bem na partida. André Santos poderia subir mais ao ataque, mas tem aquele esquema: se subir um lateral, o outro tem que ficar para compor a defesa. Ramires errou muitos passes no primeiro tempo, mas cresceu com a equipe na segunda etapa. Lucas fez o feijão com arroz e se saiu bem. Por último o destaque: Maicon, entrou no time e segurou a vaga. Melhor opção de ataque para o Brasil, uma assistência, muitas jogadas de perigo e quase que, no finalzinho, marca o tão merecido gol.

Agora veremos durante a semana o pessoal rasgando elogios ao Mano e a seleção, mas nós, do 2toques, desde o início apoiamos essa seleção(VEJA AQUI). Agora tem que haver cautela, não estamos no ponto esperado, estamos no caminho certo. A partida contra o Paraguai será complicada, o Brasil tem que ter uma melhor recomposição na zaga.

Finalmente a vitória e o alívio. O esboço está feito, agora queremos ver o papel oficial.

@2toques_

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