A América em 2011 se rende ao Glorioso Alvinegro Praiano, por mais uma vez em sua história. Na trajetória da Copa Libertadores da América, a terceira, que dá ao Brasil mais um título daquela que hoje é a competição mais importante do continente, o décimo quinto, obtido no Pacaembu, no segundo jogo da grande final. A Geração Neymar, que já conquistara o Estadual e a Copa do Brasil, agora faz todo o continente se curvar ante seu triunfo, repetindo o feito da Era Pelé - onde o primeiro dos dois títulos, o de 62, foi obtido também contra o tradicionalíssimo uruguaio Peñarol.
O Santos foi superior no primeiro tempo, entretanto apresentou-se de forma demasiado 'retrancada' para o que parecia o ideal, arriscando-se muito pouco para a qualidade ofensiva de seus jogadores. A despeito disso, manteve a vantagem absoluta na posse da bola, com 67 % contra 33 %. Elano assustou num chute de fora da área, mas nenhuma chance se convertia em gol. O jogo decaiu um pouco, com alguns erros da parte da equipe do Santos, mas, verdade seja dita, o Peñarol demonstrou sua inferioridade técnica durante praticamente todo o jogo - o que não significa que houve absoluta tranquilidade, afinal é uma DECISÃO DE LIBERTADORES, frise-se.
Mas no segundo tempo, Arouca jogou muito bem - e como tricolor, não posso deixar de lamentar que não tenha deixado alguém na cara do gol em 2008.... Dele para Ganso, de Ganso para Neymar, de Neymar para o gol, logo aos dois minutos. Belíssima jogada. E que deixou, por um bom tempo, as coisas mais fáceis, uma vez que a empolgação santista abafava as investidas frágeis do inferior time uruguaio. Danilo, então, ampliou, aos 23 minutos. A torcida santista estava empolgada; o feito da Geração do maior ídolo do futebol brasileiro - quiçá mundial - estava cada vez mais perto de ser igualado.
Então a surpresa, a 'tentativa do destino' de deixar as coisas, que pareciam totalmente tranquilas, um pouco mais 'nervosas'. O gol do Peñarol, aos 34, na verdade um tento-contra, desviado em Durval. 2 x 1.
E assim ficou. O Santos retomou o domínio, e assim conduziu o triunfo, mais do que suficiente para garantir a histórica conquista. Jogando melhor que os uruguaios, o Santos não permitiu que eles consagrassem a histórica decisão como revanche de 1962. No terceiro duelo em finais de Libertadores a se repetir - um deles, o duelo entre Santos x Boca, que já decidiu duas -, o Santos ratificou a taça antiga, e novamente fez do rival seu vice. SANTOS, CAMPEÃO DA COPA LIBERTADORES 2011, TRICAMPEÃO DA AMÉRICA (1962-1963-2011).
DESTAQUES
ARBITRAGEM: O Sergio Pezotta da Argentina deixou muitos lances correrem, a despeito da nítida violência. Ele exagerou... Apesar de entender a vontade de dinamizar as partidas, não simpatizo com esses excessos pouco razoáveis. Mas não foi determinante para o resultado.
VIOLÊNCIA AO FIM DA PARTIDA: Os uruguaios provocaram uma briga generalizada, exibindo deploráveis cenas de violência. Nota triste, em que muito irritantemente nossos companheiros da América Latina têm se feito os grandes protagonistas nessas competições continentais.
NEYMAR: O jogador-símbolo do Santos e, portanto, da conquista. Agora indo para a Seleção Brasileira disputar a Copa América, emocionou-se muito, e fez o primeiro gol da conquista.
TORCIDA DO PEÑAROL: Esteve presente em bom número, e apoiou bastante sua equipe. Parabéns, sabemos da paixão inegável dos adeptos dessa agremiação, pentacampeã da Libertadores.
LASER: Esteve presente também, nesse caso infelizmente. É ridículo que isso continue a acontecer, atrapalhando o andamento das partidas.
PELÉ E MURICY: Pelé andou no campo ao final conduzindo Muricy Ramalho, técnico do Santos nas fases finais da Libertadores, que pela primeira vez ergueu a taça da América. Ambos foram ovacionados por lá, algum tempo antes da entrega da taça e em meio à natural festa generalizada. Mas o próprio Muricy reconhece que não teve méritos, afinal 'mata-mata é sorte', né, Muricy... Desculpem, não posso evitar a alfinetada nele. XP
TELÃO NA VILA BELMIRO: A torcida do Santos pôde assistir ao jogo no estádio da Vila Belmiro, sentindo o 'clima' de estar presente ao jogo. Boa iniciativa da diretoria do alvinegro praiano!
SÃO PAULO: Não é mais o único clube brasileiro a ter três títulos da Libertadores; tendo o rival igualado seu feito, agora aguardará para saber se também o Santos igualará o de ter dois Intercontinentais e um Mundial FIFA. O Santos de Pelé conquistou os dois Intercontinentais disputados em 62 e 63, e terá a chance de vencer o Mundial - FIFA 2011, em dezembro. Mas pelo caminho, além de um outro clube - que não pode ser desprezado, vide Inter x Mazembe - , terá nada mais, nada menos, que o sensacional Barcelona de Messi... E aí, promete?
Saudações! Parabéns à torcida do Santos Futebol Clube!
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