quinta-feira, 29 de março de 2012

Tá difícil

Complicou galera, complicou.

Tento procurar o que causou essa complicação. Quero que a culpa esteja no além, no inexplicável. Mas não, a culpa está ali, no campo. A maioria consegue ver e grita, esgoela. Pedimos mais ousadia, mais vontade de vencer dos jogadores. E nada.


Vejo o jogo do Flamengo com a esperança de que toda a minha expectativa em cima desse time irá ser, finalmente, compensada - como foram naqueles 75 minutos de jogo contra o mesmo Olímpia.

Mas aí começo a ver em campo um camisa 10 que joga quando quer, que qualquer migalha, a torcida já está caindo de amores. O David, que estava fazendo boas atuações desde a chegada de Gonzáles, errando tudo. O Felipe espalmando qualquer peteleco.

Temos um Léo Moura, melhor lateral direito do Brasil disparado, e só atacamos com Júnior César que erra tudo. E por aí vai.

Vejo um Vágner Love tendo que correr por ele e pelo "craque" do time, tendo que marcar gols por ele e pelo "craque" do time. Um Muralha tendo que chamar a responsabilidade de organizar um meio de campo em um jogo pegado da Libertadores com um camisa 10 que já foi campeão mundial, já foi tudo. Já foi.

Minha esperança em ver um time leve, solto, com essa molecada que me enche de confiança. Um time envolvente como aquele dos 75 minutos do Olímpia. Um time raçudo como o da vitória sobre o Potosí.

Que parem as falhas individuais, que Ronaldinho, enfim, mostre qualquer coisa que faça valer a pena seu salário, que ele não apareça apenas quando o time tá ganhando ou marca um gol e ele vai lá puxar a comemoração. Que ele pegue um pouco da vontade de Love, só um pouco, por osmose.

Que nosso técnico ouse na hora certa. Não fique apenas no discurso de que "Isso aqui é Flamengo!" e "Não podemos jogar com medo.". No discurso é lindo, mas na prática...

Que minha esperança se torne verdade.

Mas tá difícil.

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