Pré-jogo:
A esperança se voltava para a seleção brasileiro. Depois do fiasco na Copa América, a seleção de Mano, mais um vez, seria testada, só que diante de uma seleção européia de alto nível. De novidade, a escalação de Ralf no lugar de Lucas Leiva e a entrada de Fernandinho no lugar de Paulo Henrique Ganso, que, até então, era o camisa 10 escolhido por Mano.
A Alemanha começou em cima no primeiro tempo. Com muita vantagem na posse de bola, os alemães rondavam a área de Júlio César, que foi obrigado a fazer a primeira boa defesa logo aos 5 minutos, após o
chute de Götze. A pressão não cessava, com 10 minutos, a Alemanha chegou a ter 89% de posse bola. O Brasil se fechava na zaga, e isso fazia muito bem. As tentativas de contra-ataque esbarravam em erros individuais. A primeira vez que o Brasil conseguiu fazer o goleiro Neuer trabalhar foi aos 15, quando André Santos recebeu de Robinho e cruzou, o goleiro se antecipou e tirou com o pé. Aos poucos, os contra-ataques ficaram mais frequentes e o Brasil mostrou uma melhora, mas a posse de bola continuava com uma diferença absurda (72% x 28%). Aos 33, outra chance do Brasil, Daniel Alves cobrou a falta bem forte e Neuer espalmou para o lado. A partir dos 35 o Brasil se mostrou mais presente no campo de ataque, mas pouco fez para merecer o gol. Aos 44, uma boa chance nos pés de Neymar que chutou a direita do goleiro.
Segundo tempo:
Götze driblando Júlio na jogada do segundo gol Foto: Terra |
Mano não mudou no intervalo, mas pareceu mudar o estilo tático do Brasil. Logo com 1 minuto, Pato recebeu e tentou encobrir Neuer e a bola passou rente a trave. O técnico botou a 'seleça' para frente, abandonou, de leve, aquele padrão de ficar fechado no campo defensivo e esperar um contra-ataque para matar o jogo (ou não). O jogo parecia que iria ficar melhor. Aos 8, Lahn chutou forte e obrigou Júlio César a fazer boa defesa. Aos 13 minutos, Kroos entra na área e é derrubado por Lúcio, Schweinsteiger cobrou bem e abriu o placar. O Brasil se intimidou, ainda mais, e a Alemanha aproveitou para ampliar com Götze, que recebeu na área, driblou Júlio e marcou. Mano tentou mudar o jogo com Ganso no lugar de Fernandinho. Aos 26, Daniel Alves cai na área e o juiz marca penalti, Robinho foi para a bola e guardou. Poderia ser o gol que faltava para uma reação brasileira, mas nada aconteceu. O Brasil continuou acuado para a boa seleção alemã. Mano tentou, mais uma vez, mudar o jogo com Fred no lugar de Pato. E tomou um banho de água fria após a falha de André Santos na saída de bola, a bola ficou para o atacante Schürrle soltar a bomba, sem chances para Júlio. O jogo ficou monótono. O Brasil sem força para reagir e a Alemanha tocando a bola para garantir que o tempo passasse sem maiores sustos. O Brasil ainda marcou com Neymar aos 47 e ficou nisso.
Pós jogo:
Mais uma vez, ficamos na expectativa de ver uma seleção envolvente. Mas, fica o aviso: se temos essa expectativa, é porque a seleção tem qualidade. Ter uma seleção que joga junto há 5 anos e tem bons jogadores, não é desculpa para jogarmos que nem seleções pequenas na zaga, esperando um contra-ataque. Nós somos o BRASIL. Terra de Pelé, Garrincha, Zico, Ronaldo, Romário e muitos outros. Perder faz parte, mas que seja jogando como o BRASIL, para frente, com um futebol alegre. Se esse foi o que Mano adotou como padrão, parabéns aos jogadores que fizeram o que ele mandou. Fernandinho entrou no Ganso e fez bem a marcação pelo lado direito. Em compensação, o ataque ficou carente de bolas para produzir. Neymar não apareceu no jogo. Robinho era o que mais tentava, mas pouco conseguia. Ramires também foi muito abaixo do esperado. André Santos provou, mais uma vez, que não tem condições de vestir essa camisa, vamos ver se, finalmente, o Mano enxerga.
Neymar fez o gol e só. Foto: Terra |
Perdemos mais uma vez para uma seleção de ponta. O placar foi mentiroso. O Brasil jogou muito pouco para merecer uma desvantagem pequena como tal. Agora veremos o que o Mano vai fazer para segurar toda a pressão que cairá sobre suas costas.
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