É isso aí... O Campeonato Brasileiro 2011 terminou, o Corinthians foi o campeão, quase todos os grandes cariocas se classificaram para a Libertadores da América (Vasco e Fluminense na fase de grupos, Flamengo na pré), e o clima no futebol é de fim de festa.
Mas no apagar das luzes da temporada, ainda resta uma batalha por muito tempo aguardada. Não tem nenhum clube do Rio envolvido, mas certamente muitos apreciadores do esporte estarão de olhos grudados na tela da TV para assistir a esse duelo - possivelmente o mais aguardado em 2011.
De um lado, o campeão europeu, tido por time mais poderoso do mundo na atualidade, com números extremamente expressivos e talento comentado pelos quatro cantos do planeta. Querido pela mídia, saboreado por todos os comentaristas, espectadores, enfim, uma unanimidade. O dito majestoso Barcelona!
Do outro, o representante brasileiro, novamente campeão da Libertadores da América, que agora tenta adicionar aos seus dois Intercontinentais o Mundial Interclubes da FIFA: o Santos, o grande alvinegro santista que tem em sua gloriosa história, nessas conquistas pretéritas, a participação estelar e singularíssima do Rei Pelé. Numa constelação de craques, ele conseguia fazer sobressair seu inolvidável destaque individual.
Destaque individual, aliás, que o duelo pelo mundo neste domingo realça como ninguém. Duas das maiores sensações individuais do futebol mundial atualmente; no Barcelona, ninguém menos que Lionel Messi; no Santos, o badalado jovem Neymar. Promessa de, respectivamente, sob a batuta dos técnicos Josep Guardiola e Muricy Ramalho, os dois times encantarem os olhos com uma sensacional e imperdível partida.
Santos e Barcelona se enfrentaram cinco vezes na história, oficialmente registradas. No total, essas partidas perfazem 24 gols marcados, com 4 vitórias do clube espanhol (1 nos pênaltis) e apenas 1 do paulista. Em 1959, o Santos de Pelé venceu o Barcelona por 5 a 1. Em 1960, o mesmo Santos de Pelé perdeu por 4 x 3; em 1963, também no Camp Nou, a equipe brasileira perdeu um amistoso por 2 x 0. No Torneio Ramón de Carranza de 1974, o Barcelona novamente bateu o Santos por 4 x 1, e finalmente no Troféu Joan Gamper, no Camp Nou, após empate em 2x2, nos pênaltis por 5 x4.
Neste domingo, ás oito e meia, uma nova e apoteótica página desse confronto promete ser escrita. Favoritismo? Apontaria até que sim, para o escrete ibérico, pelo conjunto de sua obra; mas alguém poderia sugerir que faltará emoção? Quer seja ou não o prenúncio de um fim para o planeta no ano que vai nascer, uma coisa é certa: a partir do Japão, através do esporte bretão nas quatro linhas, a Terra vai tremer.